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COVID-19: 82 médicos infetados e 37 enfermeiros

165 profissionais de Saúde infetados no total

82 médicos infetados e 37 enfermeiros

Um total de 165 profissionais de saúde estão infetados com COVID-19 em Portugal até o momento da publicação deste artigo.

Deste total, 82 profissionais são médicos. No momento em que a luta contra o coronavírus se intensifica, aumenta na mesma proporção o número de profissionais de saúde infetados.

Os enfermeiros também apresentam um número alto de infeções: 37 profissionais.

Mais de uma centena de profissionais de saúde estão em quarentena.

Diversos profissionais de todas as áreas estão na linha de frente e não permitem que o País pare.

Desnecessário dizer da importância de todos os profissionais envolvidos nessa luta.

COMUNICADO DA ORDEM DOS MÉDICOS DE PORTUGAL

Do número de casos de infeção pelo novo coronavírus conhecidos até ao momento, pelo menos 20% são já em médicos.

Desde o primeiro momento do surto, a Ordem dos Médicos tem vindo a alertar para a importância de serem divulgadas orientações claras sobre que equipamentos usar e em que circunstâncias.

LEIA TAMBÉM: COVID-19: Detidos por desobediência

Devendo os mesmos ser disponibilizados a todos os profissionais que estão no terreno a combater esta situação de emergência de saúde pública internacional, já declarada como pandemia pelo Organização Mundial de Saúde.

“Na fase em que nos encontramos não é possível continuarmos a só proporcionar equipamentos de proteção individual em locais de apoio direto ao COVID-19.

Neste momento, com cadeias de transmissão desconhecidas, todas as pessoas que estão no terreno, em todas as unidades de saúde, precisam de estar devidamente protegidas”,

defende o bastonário da Ordem dos Médicos.

Miguel Guimarães adianta que têm chegado à Ordem dos Médicos, e a si diretamente, vários relatos de escassez ou inexistência de equipamentos de proteção individual.

Bem como falta de orientações claras sobre os equipamentos que os médicos devem usar e quando, instando a que todos os colegas reportem as falhas e exijam trabalhar devidamente protegidos, por si, pelos doentes e por todos os portugueses.

“Esta falta de equipamentos de proteção individual para profissionais está a ser o calcanhar de Aquiles no combate ao novo coronavírus.

Arriscamo-nos a que muitos médicos e profissionais de saúde fiquem doentes o que, para além do drama pessoal e familiar, significa não termos os médicos e profissionais necessários para tratar dos doentes enquanto atingimos o pico da epidemia.

Se queremos ser bem-sucedidos temos de seguir o exemplo de Macau e não de Itália”, acrescenta Miguel Guimarães.

A continuar assim, com muitas unidades de saúde (hospitais e centros de saúde) a não cumprirem as regras mínimas de proteção individual e coletiva, a situação pode tonar-se crítica e instável.

A Ordem dos Médicos está atenta a tudo o que está a acontecer no terreno e a procurar, por todos os meios e a vários níveis, contribuir para proteger a vida dos doentes e dos profissionais de saúde, finaliza o comunicado.

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